A startup brasileira DogHero dá mais um passo para tentar consolidar seu objetivo de suprir as principais necessidades dos “pais e mães” de cães e gatos. A empresa anunciou recentemente dois novos serviços no Brasil: o de creche, em que o animal passa o dia na casa de um anfitrião enquanto o dono trabalha, e o de pet sitter, em que uma pessoa é paga para ir até a casa do cliente dar comida e brincar com seu cachorro ou gato.

Desde 2018, quando passou a oferecer passeios, a DogHero está trabalhando para deixar de ser só um serviço de hospedagens para cachorros. Os novos serviços são resultado dos investimentos internos que a startup fez após receber um aporte de 27 milhões de reais no começo de 2019, liderado pela Rover, plataforma americana semelhante de serviços para cachorros.

Os acionistas minoritários norte-americanos ajudaram a startup brasileira a pensar em novas soluções que pudessem expandir as receitas da companhia. “Como eles já oferecem diversos serviços, a gente pôde beber bastante dos aprendizados deles nessa estratégia”, conta Eduardo Baer, presidente e cofundador da DogHero.

Com os novos serviços, a empresa espera, além de atender novas demandas solicitadas pelos usuários, aumentar a recorrência dos clientes na plataforma.

Como funciona

O serviço de creche começou a ser oferecido no começo de novembro e, segundo Baer, “já superou as expectativas” junto ao público. Em um mês, a creche corresponde a 5% dos serviços prestados por meio da plataforma e já conta com mais de 5 mil anfitriões inscritos em 280 cidades.

A nova modalidade foi pensada para atender os donos de pet que não ficam muito em casa. Por 75% do preço da estadia normal, os animais podem passar o dia na casa de um anfitrião, enquanto os donos estão no trabalho. O cliente pode escolher se prefere comprar a diária ou fechar um pacote de dias por semana. O preço oscila entre 30 e 35 reais por dia.

Já o modelo de pet sitter foi lançado início de dezembro. Ele é uma alternativa ao primeiro serviço da companhia, o de hospedagem. A partir de agora, os clientes poderão optar por, em vez de deixar o animal na casa de um terceiro, contratar alguém para ir até sua casa vê-lo, trocar sua água e comida e brincar com ele um pouco. O preço do serviço também é de cerca de 30 a 35 reais.

Para a DogHero, o serviço de visitas é animador porque permite atender melhor os donos de gatos. Hoje, 5% dos clientes registrados possuem um felino, mas esse tipo de pet muitas vezes não gosta de mudanças de ambiente e prefere ficar na própria casa. A meta da empresa é que, até o final de 2020, 15% dos clientes sejam gatos. “A gente ama gatos, então o serviço de pet sitter vai ser uma oportunidade de atender melhor esse mercado, que é bastante grande”, diz Baer.

Estima-se que existam hoje no Brasil 54,2 milhões de cachorros e 23,9 milhões de gatos no país. Mas ainda que o número de gatos seja menor, ele cresce a uma taxa de 8,1% ao ano, enquanto o número de cachorros aumenta 3,8%.

FONTE: Exame


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